sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

POPULAÇÃO DE DAVINÓPOLIS INTERDITA RODOVIA DURANTE PROTESTO

A comunidade davinopolense interditou pacificamente na manhã de ontem a estrada que dá acesso a Imperatriz (12 km) devido ao péssimo estado de conservação da rodovia estadual. O protesto, realizado pelo Fórum da Sociedade Civil, mobilizou lideranças comunitárias, a classe política e os comerciantes que reivindicam a urgente reconstrução da rodovia.

Em entrevista, o professor Paulo Ludugero explicou que o manifesto teve o objetivo de chamar a atenção do governo do estado para que, mesmo neste período invernoso, reconstrua a rodovia estadual que liga Davinópolis a Imperatriz. "Nós estamos praticamente isolados por causa das condições da rodovia, pois não temos como trafegar nos coletivos e vans por causa da estrada", disse.

Ele observa que o estado não pode "castigar" 12 mil habitantes por causa de uma "disputa política" sacrificando o povo humilde que depende exclusivamente da rodovia para deslocar-se a outras cidades para comercializar seus produtos. "Fazemos um apelo ao estado para que reconstrua urgentemente essa rodovia", frisa.

Paulo Ludugero informou que participaram do protesto representantes do Sindicato dos Professores, da Igreja Católica, da Associação Comercial e Industrial de Davinópolis, pastorais da igreja católica e o Fórum da Sociedade Civil de Davinópolis. "Nós queremos é a reconstrução da estrada, pois a realização de apenas uma operação tapa-buracos não resolverá o problema", diz.

Truculência - Edilton Gomes, da União Municipal dos Estudantes de Davinópolis, reclamou da truculência da Polícia Militar, que impediu que fossem colocados pneus no meio da rodovia, embora a manifestação tenha sido pacífica e teve apenas o objetivo de chamar a atenção das autoridades. "A polícia orientou que fizéssemos a manifestação, mas sem interditar a rodovia, que está uma calamidade. A sociedade civil davinopolense está organizada e vamos realizar novos protestos até que a rodovia seja reconstruída", disse.

Em meio ao protesto, a Polícia Militar prendeu o estudante Edilton Gomes, da Umes, e o funcionário público José Arisvan Moura, da Prefeitura de Davinópolis. Os dois foram conduzidos à Delegacia de Polícia e, posteriormente, liberados.

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