O deputado Marcelo Tavares (PSB) tomou posse, ontem à tarde, no cargo de presidente da Assembléia Legislativa, para o biênio 2009-2011. Ele recebeu o cargo das mãos do ex-presidente João Evangelista (PSDB), durante sessão solene realizada na nova sede da Assembléia, no Sítio Rangedor (Cohama).
Além de Marcelo Tavares, foram empossados na Mesa Diretora os deputados Camilo Figueiredo (PDT - vice-presidente), Max Barros (DEM - 2º vice-presidente), Victor Mendes (PV- 3º vice-presidente), Rigo Teles (PSDB - 4º vice-presidente), Antônio Pereira (DEM - 1º secretário), Valdinar Barros (PT - 2º secretário), Stênio Rezende (PSDB - 3º secretário) e Raimundo Cutrim (DEM - 4º secretário).
"Não recebo um Parlamento dividido por disputas políticas sangrentas e infrutíferas. Recebo sim, uma Casa coesa e amadurecida, que respeita as diferenças entre seus pares", declarou Tavares no discurso de posse.
Marcelo Tavares assegurou que manterá a Presidência da Assembléia longe dos interesses políticos pessoais, mas sem esconder "sob o seu manto" suas convicções e ideais. "Seguirei rigorosamente as leis do meu Estado e de meu país de forma ordeira e pacífica e defenderei enfaticamente a independência deste poder. Mas não serei um político sem alma, com posições dúbias, movido pelo oportunismo e pela falsidade".
Ao definir sua posição política, Tavares lembrou que durante as eleições de 2006 percorreu o Maranhão defendendo, no primeiro turno, o candidato do seu partido (PSB), o ex-ministro Edson Vidigal, e, no segundo turno, votou no governador Jackson Lago (PDT). "Como cidadão, o reconheço como o legítimo governador de todos os maranhenses, com mandato democraticamente outorgado pelo voto popular até 31 de dezembro de 2010", disse.
Na presença do governador Jackson Lago, Tavares delineou com clareza sua posição com relação ao processo de cassação de mandato do governador do Maranhão, que tramita no Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília: "Continue, governador, o seu trabalho por nosso Estado, e saiba, que mesmo nos momentos de maior dificuldade, não estará sozinho".
Responsabilidade - Enfatizando que a responsabilidade de administrar o parlamento será dividida com todos os membros da Mesa Diretora, Tavares anunciou que, entre as propostas da nova gestão, está a ampliação dos instrumentos de comunicação da Casa, através de um sistema próprio de rádio e TV. O presidente também assumiu uma dívida ambiental com o Sítio do Rangedor, motivado pelo fato do novo prédio da Assembleia Legislativa estar encravado nos arredores da respectiva reserva ambiental. "Esta nova Casa aumenta a nossa responsabilidade com o meio ambiente".
Marcelo Tavares também destacou o trabalho dos presidentes que o antecederam - Carlos Alberto Milhomem (2003-2005) e João Evangelista (2005-2007 e 2007-2009). "Este parlamento, pela força do trabalho dos gestores que nos antecederam e os demais membros da Mesa Diretora, passa por um processo de renovação e modernização, que será continuado e ampliado", assinalou.
Além do governador Jackson Lago (PDT) e do vice-governador Luiz Porto (PPS), também participaram da solenidade o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Raimundo Cutrim, o prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), a procuradora-geral de Justiça, Fátima Travassos, o conselheiro Yedo Lobão, representando o Tribunal de Contas do Estado (TCE), deputados estaduais, secretários estaduais, prefeitos, secretários municipais e lideranças comunitárias.
Missão cumprida - "Missão Cumprida". Esta foi a declaração do deputado João Evangelista antes de transmitir o cargo de presidente da Assembleia Legislativa ao deputado Marcelo Tavares. Ele anunciou que na tarde desta segunda-feira, 2, assinou o documento que autoriza a implantação do Plano de Cargos Carreiras e Vencimentos dos servidores da Assembleia Legislativa, decorrente da lei aprovada pelos parlamentares em 2008. O PCCV foi um dos principais compromissos de campanha de Evangelista.
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