terça-feira, 12 de maio de 2009

MÉDICO FORAGIDO EM PORTO FRANCO É PRESO NO PARÁ

O ginecologista Anísio Ferreira de Souza, 67, condenado pelos crimes de emasculação e assassinato em Altamira, chegou no final da manhã de ontem em Belém acompanhado do promotor de justiça Milton Menezes, e por dois policiais militares.

O médico estava foragido no município de Porto Franco (MA) desde 2005, quando recebeu o direito de esperar pelo recurso em liberdade. No entanto, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu por manter a sentença de 77 anos de prisão em regime fechado, e uma ordem de prisão foi expedida, Anísio não estava mais no endereço declarado.

Anísio Souza foi levado para o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves para fazer exame de corpo de delito e posteriormente encaminhado ao presídio Estadual Metropolitano, em Marituba.
O condenado afirmou não saber da decisão do Tribunal do Júri e que não estava foragido. “Acho que isso tudo que está acontecendo é um equívoco, porque eu não sou foragido”, disse Anísio Ferreira.

Segundo o médico, o Supremo Tribunal Federal (STF) havia concedido liminar para responder em liberdade, e por isso, foi estudar. Anísio disse que nunca teve envolvimento com a seita Lineamento Universal Superior (LUS), que vitimou 19 crianças em Altamira no período de 1989 e 1993.

“Eu nunca conheci nenhum dos envolvidos em de rituais. Sempre fiz trabalhos comunitários para ajudar a sociedade”. O médico é pai de sete filhos e revelou que há 14 anos passa por momentos muito difíceis. Ele conta que só recebeu mandado de prisão no último dia 7, dia em que foi encontrado e preso.

De acordo com o coordenador do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Geproc), promotor Milton Menezes, os advogados de Anísio não podem mais recorrer da decisão, porque já transitou em julgado. “Agora só resta ele cumprir a pena”. Segundo o promotor, populares informaram que Anísio estava clinicando no município.

Césio Flávio Caldas Brandão, também ginecologista, e o fazendeiro Amaílton Madeira Gomes, condenados pelo Tribunal do Júri pelo mesmo caso, também estão foragidos. “Nós temos dois presos, que é o Anísio e o Carlos Alberto e dois soltos, o Césio e o Amailton. A Valentina de Andrade foi absolvida e devido a idade (mais de 70 anos), o processo já prescreveu”, explicou.

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