quinta-feira, 20 de setembro de 2012

ELEIÇÕES 2012: ABUSO DE PODER ECONÔMICO CORRE SOLTO EM ESTREITO E PEQUENOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO

Campanhas caras, administrações  pobres.  É corrupção  com certeza!


Não é segredo para ninguém a crise de legitimidade política que assola o sistema político brasileiro, e que isso decorre em grande medida da forma como se financiam as campanhas políticas. Também não há dúvida acerca do déficit de legitimidade política no país, ou seja, a distância existente entre os representantes eleitos e os efetivos interesses do titular do poder, que é o Povo.

Além desse problema da representação política, que precisa de uma solução mais elaborada e profunda, outro parece mais imediato: a relação direta entre campanhas caras e administrações pobres e corruptas, que pode perfeitamente ser resolvido pelas instituições jurídicas, leia-se: Ministério Público Eleitoral, Justiça Eleitoral, Partidos Políticos e sociedade civil organizada.

Qual a lógica de se gastar 5 milhões de reais numa campanha de municípios, por exemplo, como os de Estreito, João Lisboa ou mesmo São João do Paraíso?

Emiliano Menezes

Nenhuma lógica legítima pode-se dizer. É a compra pura e simples de um mandato de prefeito. É o que fez o prefeito Emiliano Menezes inúmeras vezes cassado pela Justiça e apadrinhado pela Governadora Roseana Sarney. O resultado disso pode se ver nas duas gestões seguidas dele, um município completamente destruído. Não tem nada. As ruas cheias de buracos, a Saúde sem as mínimas condições, a Educação uma tragédia institucional.

Diz-se na boca miúda que o prefeito Emiliano Menezes gastou muito dinheiro com liminares na Justiça, a exemplo, do que fez o desastrado e hoje ex-prefeito de São João do Paraíso "Boca Quente", que tem como padrinho o Deputado Estadual Antonio Pereira, mais conhecido como "vampiro da saúde".

Cicin Neco

É o que vem anunciando fazer até aqui e impunemente o candidato a prefeito de Estreito Cicin Neco (PMDB), com apoio da Governadora Roseana Sarney e do Senador João Alberto.

É o que vem tentando fazer a Prefeita interina de São João do Paraíso Eva Caju (PMDB), que apesar de tudo patina nos números das pesquisas eleitorais.

O que impressiona é que eles fazem isso impunemente, às claras. A Prefeita Eva Caju (PMDB) e seu vice Rivaldo Marinho (PR), por exemplo, estiveram presentes na assinatura da ordem de serviço da recuperação da estrada que liga Porto Franco – Paraíso conforme noticiado em blogs, inclusive pela assessoria de comunicação da prefeita. Isso é proibido pela lei eleitoral e motivo de cassação de registro, diploma ou mandato.

Eva Caju

O empresário Cicin em Estreito está pouco se lixando para o que diz a lei eleitoral e para as regras do jogo. Exerce com sua habitual destreza seu papel de comprar e vender. Transaciona tudo. Conta com apoio de parte das elites econômicas de Estreito, as quais ao invés de fazer o município trabalhar pelo povo e pela cidade quer que as finanças públicas sirva-os e trabalhe para eles.

Dizem que há acordo até com o Consórcio de Energia de Estreito (CEST), que tem patrocinado até veículos para pessoas importantes.

E o povão fica jogado a própria sorte nos 17 assentamentos com carências profundas, nos bairros sem as menores condições de habitação, numa cidade completamente abandonada pela administração atual, que é corrupta e sem nenhum compromisso com o desenvolvimento do município.

Comentam na cidade que o candidato Cicin chegou mesmo agora, coisa recente, a dar carros para 8 candidatos a vereador de sua coligação que não tinham carros. Uma coisa louca!

A impressão que se tem é a de que não há instituições jurídicas em Estreito. O Ministério Público não disse até aqui a que veio, não há fiscalização, o Juiz Eleitoral não exerce nenhum poder de polícia que a legislação eleitoral lhe outorga. O peso da lei em Estreito é para jornalistas, blogueiros e para os fracos, pobres e desvalidos.

Abusos os mais gritantes ocorrem todo santo dia e o candidato Cicin continua – sem ser importunado pela Justiça Eleitoral e pelo Ministério Público – diga-se de passagem, abusando do poder econômico na compra desenfreada de votos. Os advogados da Coligação “Estreito vai Mudar” da candidata Verbena Macedo (PDT) dizem que as ações e representações eleitorais tem um processamento incompatível com a celeridade exigida dos feitos eleitorais.

Uma coisa é certa: uma campanha cara quando permite a compra do mandato de prefeito é sinônimo de administração pobre e corrupção desenfreada.
 

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