domingo, 8 de março de 2009

SARNEY, RENAN E COLLOR: A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM

Confesso que não desejaria escrever sobre este tema, um tanto fétido, irrespirável... mas sabe como são as coisas. Está aí o título correto, certíssimo daquele famoso filme - "A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM".

Nunca este título expressou tamanha e assombrosa realidade. Uma realidade cruel, verdadeira e assustadora. Figuras da Velha República, de um passado remoto, tal qual mortos-vivos, tal qual verdadeiros zumbis, retornam das profundezas de "sheol", onde quase que adormecidos, de forma tétrica, estão aí na cena política. Tristes figuras, tristes realidades de momentos conturbados da vida nacional. De uma forma, cada um viveu episódios isolados, mas que se juntam, se somam formando aquilo que de pior existiu na política brasileira.

José Sarney é a encarnação do oportunismo, da sagacidade, esperteza e representa não só o retrocesso como o desalento para com o futuro. A familia Sarney reina absoluta na "Capitania Hereditária do Maranhão", desde a Colônia. Ruas, praças,pontes, estradas, becos, escolas, bibliotecas, hospitais, estações de trem ou rodoviárias levam o nome Sarney. São senhores da vida e da morte num dos estados mais miseráveis, mais pobres deste triste Brasil. Sarney, seu filho, sua filha e agregados, se tornaram verdadeiros senhores feudais deste pedaço miserável do Brasil e ninguém, absolutamente ninguém ousa ou pode ousar mudar esta situação. Que o diga Jakson Lago!

O mais estranho de tudo é que Sarney se tornou senador pelo Amapá. Com a conivência,o compadrio e apoio dos demais senadores, ele é na verdade o quarto senador pelo Maranhão, tendo em vista que fere o pacto federativo, que prevê apenas 3 senadores por estado. Será que Sarney conhece o Amapá? será que ele costuma ir lá ? Segundo a legislação, o ocupante de cargo político-eletivo no Brasil deve ter seu domicilio eleitoral onde obteve o votos. Por quê ninguem, nem mesmo o imaculado (era) PT não levanta esta questão? Na verdade,há uma cumplicidade no senado. Todos com rabo preso com todos.

Fernando Collor, aquele ! Vem de uma das familias mais ricas de outra capitania hereditária, as Alagoas. Estranho que neste país, essas tristes e melancólicas figuras são oriundas das regiões mais pobres, mais miseráveis. enquanto uns não têm água para beber, outros esbanjam riqueza no jet set, nas páginas das colunas sociais mais lidas. Collor foi apeado do poder por inúmeros pecados cometidos quando presidente.Traiu o povo, traiu o país. Terríveis aqueles dias do início dos anos 90. Mas, por burrice, por ignorancia, estupidez, o povo de Alagoas votou nesse morto-vivo, trazendo-o das profundezas do inferno de volta à Brasilia. Tristes lembranças da "Casa da Dinda", da "Casa de Irene" que se transformou a capital da República na Era Collor. E agora graças à ganância, ambição desmedida e estupidez do PT, Collor está de volta ao cenário político.

E Renan Calheiros..? O quê escrever mais sobre esta figura indigesta ? É inconcebível,inaceitável que o Senado, a Casa de Rui Barbosa, possa abrigar figuras mesquinhas, grotescas, detestáveis e lamentáveis como estas. Soma-se à este time da maldade, Welington Salgado e outros. É incompreensível que grandes brasileiros, homens públicos honestos e admiráveis, como Romeu Tuma, Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos possam respirar o mesmo ar infecto junto desses verdadeiros cadáveres insepultos. O país está perplexo, atônito, incrédulo !

Nenhum comentário:

Postar um comentário