O senador Magno Pereira Malta (PR/ES), presidente da CPI da Pedofilia do Senado Federal, esteve no início desta semana em Açailândia, depois de passar com seus companheiros de comissão por Belém, no Pará. Na capital paraense, o “menestrel” da CPI da Pedofilia agitou a classe política, uma vez que importantes figuras da política paraense estão sendo investigadas pela prática desse crime.
Entre estes, o deputado estadual Luis Sefer (DEM), investigado em inquérito criminal por suposta prática de crime de estupro e atentado violento ao pudor. Outra figura conhecida no estado é João Carlos Vasconcelos Carepa, o Caíca, irmão da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT). Ele responde a processo por abuso sexual contra uma adolescente.
Depois de ouvir dois implicados, o senador Magno Malta rumou para Açailândia, onde mantém vínculos afetivos, uma vez que é sobrinho do Pastor Antonio Pereira de Souza, líder local da Igreja Batista Nacional. Em função desse parentesco, Malta vem sempre que pode a esta cidade, ora para fazer pregações bíblicas, ora para fazer show, uma vez que é um dos mais conhecidos e requisitados cantores gospel do Brasil.
Desta feita, o senador nascido na Bahia, mas com atuação política no Espírito Santo, não veio nem para cantar, muito menos para pregar, a não ser a moralidade. Como um verdadeiro menestrel, Magno Malta percorre o país combatendo esse crime que ele considera repugnante “e que, por isso, deve ser combatido por toda a sociedade”, prega o senador.
Em Açailândia, o político, dentro de sua admirável humildade, ministrou palestra em uma escola pública municipal de ensino fundamental para crianças de famílias humildes. Mostrou para elas a necessidade de se conviver em sociedade, sem envolvimento com esse crime, seja como agente ativo ou passivo. As crianças compreenderam a mensagem do menestrel.
À noite de segunda-feira (9), Magno Malta se reuniu na Câmara Municipal com autoridades judiciárias, entre elas o juiz Wilson Manoel de Freitas Filho, o presidente da OAB local, advogado Erno Sorvos, conselheiros tutelares, representantes de entidades sociais, religiosos, vereadores e comunidade em geral. Foi, sem dúvida, a grande estrela do fórum “Todos contra a Pedofilia”.
Em suas palavras, o senador deixou claro que pretender tirar do arquivo processos pelos quais nove pessoas de influência estavam respondendo por envolvimento com três meninas. Alguns deles foram ouvidos no ano de 2003 pela CPI da Assembleia Legislativa, porém ninguém foi preso, e pelo visto, os processos foram arquivados. De Brasília, Magno Malta vai entrar em contato com a comissão da Assembleia visando reabrir esses processos
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