sábado, 7 de março de 2009

MINISTRO E SENADOR AFIRMAM QUE TSE COMETEU INJUSTIÇA AO CASSAR JACKSON

O ministro Carlos Lupi (Trabalho) saiu nesta sexta-feira em defesa do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), ao classificar de “injustiça” a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de cassar o seu mandato. Lupi disse esperar que o tribunal “reflita” sobre a decisão para acatar os recursos apresentados pela defesa de Lago. “Eu espero que o TSE reflita, isso é uma grande injustiça, eu tenho muito esperança disso ser revertido”, afirmou.

Lupi criticou o fato de o tribunal ter considerado como um dos motivos para a cassação de Lago a participação do pedetista como pré-candidato em um comício do então governador José Reinaldo Tavares - quando foram doadas cestas básicas para a comunidade. O TSE entendeu que Tavares teria usado a máquina do Estado em favor de Lago. “Se for começar a adotar essa regra para tudo, não vai existir candidato mais no Brasil. Porque todo mundo, em algum momento, está em algum palanque. Isso tem muito do jogo político”, afirmou Lupi.

O ministro disse acreditar que o STF (Supremo Tribunal Federal) vai manter Lago no governo do Maranhão uma vez que a Justiça Eleitoral teria cometido “vícios” ao longo do julgamento do caso. Lupi é favorável a uma análise “mais detalhada” do processo contra Lago, o que poderia reverter a decisão do TSE. “Acho que no Supremo essa decisão vai ser revertida, porque é muito fraca a fundamentação para a cassação dele”, afirmou.

A exemplo do ministro, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que houve manipulação política no processo contra o governador. “O argumento que se dá que ele [Lago] teria usado a máquina ao seu serviço não resiste à análise porque o governador tinha outro candidato. Como é que ele usou a máquina do governo se o governador tinha outro candidato diferente dele? Acho que foi mais uma manipulação do que mesmo uma armação”, disse o senador.

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