
A equipe técnica da Seduc foi mantida refém durante uma semana na aldeia Riachinho, em Amarante do Maranhão, distante 674 km de São Luís, e libertada depois da chegada dos operários e do material para a construção de uma escola para a comunidade.
Ontem, o secretário Lourenço Vieira da Silva se congratulou com a equipe técnica da Seduc que, heroicamente, resistiu ao cativeiro forçado e ao constrangimento físico e moral. Ele agradeceu o apoio do governador Jackson Lago e da secretária de Segurança Cidadão, Eurídice Vidigal, que contribuíram de forma expressiva para o final da crise.
O secretário agradeceu ainda à compreensão da supervisora de Educação Indígena, Isa Quadros, e dos técnicos Eliene Pereira da Costa e Carlos Alves Viana, que foram mantidos reféns pelos indígenas. Ele destacou a participação dos funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai), Cristóvão Marques e Daniel Xenofontes, que negociaram a libertação da equipe.
Lourenço Vieira da Silva lembrou a efetiva participação do secretário de Diversidades do MEC, André Lázaro, que acatou a reivindicação da comunidade indígena, da secretária adjunta da Seduc, Régina Galeno, e da superintendente de Diversidades Educacionais, Floriza Gomide, que contribuíram firmemente nas negociações.
A crise teve início há uma semana, quando os índios da etnia Gavião fizeram reféns o gestor regional de Imperatriz, Domingos Bandeira, o superintendente de engenharia da Seduc, Danilo Martins de Carvalho, e os motoristas Davi Alves Melo e José Reinaldo dos Santos Ramos, liberados na terça-feira passada.
Os índios reivindicavam uma modificação no projeto de construção de uma escola na aldeia Riachinho que, de acordo com o MEC, deveria contar com duas salas de aula. A construção estava paralisada devido irregularidades praticadas pela construtora contrata. Eles exigiam a ampliação do prédio.
Após negociar com o secretário de Diversidades do MEC, André Lázaro, MEC, o secretário de Educação foi autorizado a atender à reivindicação e determinou a construção de uma escola com quatro salas, secretaria, biblioteca, sala de informática e cantina. A construção está orçada em R$ 230 mil.
Ontem (26), a Construtora Alves, segunda classificada no processo licitatório, deu início às obras, após a liberação dos reféns, com a ajuda dos índios. A aldeia fez festa para comemorar o desfecho da crise.
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