terça-feira, 22 de julho de 2008

EM SÃO LUÍS RESCÉM-NASCIDA TIDA COMO MORTA NO MATERNO INFANTIL CHEGA VIVA EM CASA

A recém-nascida Maria Fernanda Correa Barroso, de três meses e dez dias, estava internada no Hospital Universitário Materno Infantil desde o seu nascimento, no dia 11 de abril. De acordo com a avó paterna, Maria Antonia Barroso da Silva, 47 anos, a criança que nasceu com problemas respiratórios e era portadora de Síndrome de Down (distúrbio genético causado durante a formação do feto), foi dada como morta no final da manhã deste domingo e ao chegar em casa apresentou alguns sinais vitais.

Segundo Maria Antonia Barroso, a criança estava usando um aparelho no pescoço para ajudar na passagem do oxigênio e que durante os três meses em que esteve internada teria sido submetida há cinco cirurgias, resistindo bem a todas elas. “No domingo por volta de 8h minha neta teve uma crise respiratória, mas no Materno não tinha o equipamento adequado de oxigênio, sendo requisitado ao Hospital Dutra o aparelho. Enquanto isso a médica tentava amenizar a situação com uma espécie de bomba manual. A máquina chegou às 10h45 e antes de terminarem de encubá-la, pararam o procedimento afirmando que ela havia morrido, pois não tinha mais movimentos”, declarou.

A avó da menina disse que enquanto foi providenciar os trâmites fúnebres a criança foi levada para o necrotério do Materno e colocada em uma espécie de saco. Chegando em casa, Maria Antonia teria tirado a criança do saco para vesti-la a e colocá-la no caixão, mas quando tentou esticar uma das mãos da recém-nascida a menina teria apertado seu dedo, repetindo o feito por duas vezes. “Não acreditei no que vi e resolvi chamar alguns vizinhos e foi aí que ela fez o mesmo gesto. O engraçado foi que ela continuou inerte e sem respirar, no entanto conseguimos ouvir seus batimentos cardíacos. Tentei levá-la de volta para o hospital, mas ela morreu ainda no caminho”, disse ela.

Sem saber que providências tomar, os pais da menina, João Batista Barroso Neto, 20 anos, e Geane da Paz Viegas Correa, 19, moradores da rua 47, casa 175, Jaracaty, foram informados de que deveriam levar o corpo da criança para o Instituto Médico Legal (IML), a fim de que fosse feita a autópsia para identificar a causa mortis, horário e a data correta do óbito da pequena Maria Fernada. “O IML já realizou o exame e liberou o corpo, vamos tratar de enterrá-la em Alcântara, pois a mãe dela é de lá. Quanto a nossa posição em relação ao fato, só nos resta aguardar o laudo, depois que recebermos o resultado veremos se houve negligência ou não e quem sabe tentar entender de uma vez por todas o que houve”, destacou a avó da recém-nascida.

Outro lado – O Materno informou, por meio de sua assessoria, que o quadro de profissionais do hospital é altamente qualificado e preparado para exercer suas funções, sendo premiado inclusive em nível nacional. A médica que expediu o laudo do referido óbito não foi localizada pelo fato de não estar de plantão na data de ontem. No entanto, a assessoria garantiu que o Hospital não tem pressa em expedir tais certidões, pois mais importante não é atestar o óbito, e sim garantir um atendimento de qualidade, um cuidado diferenciado para cada caso e atenção especial do corpo clínico.

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